Cada nome tem uma história – que diz muito da história da
criança e dos pais. Fiquei pensando nisso hoje em que vários sites só falam de
como a espetaculosa socialite Kim Kardashian resolveu batizar sua bebê: North
West. Quem escolheria um ponto colateral para chamar a filha? Só ela mesmo. (Apesar que, convenhamos, ela não está sozinha, tem mais celebridade surtando: Shakira, que batizou o filho de Milan, Beyoncé e sua Blue Ivy, Gwineth Paltrow com sua Apple e Nicole Kidman, que deu à filha o nome de Sunday, ou domingo. Só para citar algumas poucas).
O duro é que, bonitos ou feios, estranhos ou comuns, todos
nós – celebridades e simples mortais - carregamos essa escolha involuntária
pelo resto da vida.
Uma conhecida deveria se chamar Juliana, que ela adorava,
mas virou Janaina no cartório – que sempre detestou. Uma amiga francesa teve
que ouvir que seu nome, Sylvie, foi escolhido porque os pais não apostavam que
ela sobreviveria – em francês o nome soa exatamente como “s´il vit”, ou “se ele
viver”. Indignada, ela respondeu à provocação dizendo que os pais da outra
esperavam que ela morresse virgem por batizá-la de...Virginie.
A Tatá me contou de uma colega da faculdade que foi chamada
Evandreia porque o casal resolveu juntar os próprios nomes, Evandro e Andreia,
no da filha – coisa que ela, digamos, não adorava. Já uma grande amiga minha sempre
se ressentiu de que seu nome foi escolha do irmão...como se os pais não se
importassem de verdade com isso. Conheço gente que tem o mesmíssimo registro
que o pai, que o avô e que o tataravô...E outros que justamente abominam a
ideia de um carimbo em série, como se a pessoa não pudesse fazer outra coisa na
vida que repetir a história da família.
Eu mesma, embora goste muito do meu Gabriela, cansei de
ouvir “...cravo e canela?” logo depois de cada apresentação...(e Jorge
Amado nem está entre meus autores favoritos...)
Quando fiquei grávida da primeira vez, a decisão do nome foi
meio fácil: a gente adorava o som e o significado de Beatriz, a que traz
alegria. Na segunda, ouvi num parque uma mãe chamando “Letícia” e lembrei dessa
opção que estava lá adormecida. “Laetitia”, a própria alegria em latim, revelou
ter mesmo tudo a ver com a dona da certidão de nascimento. Na terceira barriga,
quando fizemos uma listinha de opções de menino, quem ganhou nossa preferência foi
uma sugestão das irmãs – Felipe que, além de bonito, era o nome de um tio meu, muito
bondoso e sábio.
Crise existencial todo mundo tem algum dia. Mas a gente não
precisa dar um motivo prá cria já ter a sua garantida só de ouvir o primeiro
chamado. Com tanto nome sonoro, com tanto significado forte, com tanta, mas
tanta opção, vamos combinar uma coisa: Noroeste não, ok?
E você, já parou prá pensar na história do seu nome? Já conversou com seu filho sobre como decidiram batizá-lo? Esse papo pode ser uma ótima oportunidade de mostrar os sentimentos e desejos que envolveram essa opção tão importante! E, se
ainda estiver em tempo, qual herança quer deixar para seu filho com sua
escolha? Lembre-se: um dia você poderá ser convocado a dar satisfações!
Beijos,
Gabi, Gabriela
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários nao refletem necessariamente a opiniao das autoras do blog. Comentários considerados ofensivos serao excluídos.