terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mitos sobre a amamentação

Para encerrar (meio tarde, é verdade...) a Semana Mundial do Aleitamento Materno...

O mundo da amamentação é cercado de mitos, alguns tão poderosos que ganharam o status de verdades. Se você quer amamentar, vale a pena separar o joio do trigo. “Acredito que uma combinação de fatores leva as mães a não colocar em prática o aleitamento materno exclusivo, como a percepção errônea de alguns profissionais que a mãe já sabe amamentar, a falta de persistência de algumas justificada pelos mitos, além de orientações erradas de diferentes fontes”, avalia  Emanuele Marques, uma das autoras de um artigo muito esclarecedor sobre o tema, da Universidade Federal de Viçosa.

Então, vamos às falsas verdades que circulam por aí:

Leite fraco – ao que parece, essa crença surgiu há muito tempo, ao comparar o leite humano com o da vaca. A aparência mais aguada do nosso líquido abriu caminho para esse mito. Mas os especialistas garantem: o leite da vaca é bom para... o bezerro. O nosso contém exatamente tudo o que o bebê precisa e a composição dele é bem específica, inclusive a dosagem de proteínas, bem diferente daquela da vaca. Apenas mães com desnutrição grave podem ter seu leite afetado.

Pouco leite – Muita gente acha que o fato de o bebê chorar muito significa que ele está com fome e que o leite da mãe não está sendo suficiente. Segundo os especialistas, são raríssimos os casos de mulheres que produzem pouco líquido. O que acontece é que a produção de leite depende do estímulo. Quanto mais o bebê mamar, mais a mulher vai produzir. Por isso, se você pular mamadas, não esvaziar bem o peito ou ficar oferecendo a mamadeira, o pequeno vai beber cada vez menos. E aí sim a produção cai. Agora uma coisa é verdade: o estado emocional da mãe também interfere. O estresse afeta a produção, sim. Portanto, muita calma nessa hora e vá em frente!

Leite sozinho não mata a sede – Pura bobagem! O leite materno tem a quantidade de água necessária para o bebê. Não é preciso dar chás nem nenhum outro líquido ao pequeno antes dos seis meses (ou conforme a indicação do seu pediatra, claro). Aliás, isso pode até diminuir o apetite dele na próxima mamada – e, novamente, isso pode comprometer a produção de leite. Aqui vale lembrar que a composição do leite também varia ao longo da mamada. O inicial mata mais a sede, já o leite chamado posterior é mais calórico, rico em gorduras, e garante saciedade. Por isso é tao importante esvaziar bem os seios em cada mamada. 

O bebê não quis pegar o peito – O pequeno já nasce com o reflexo da sucção  mas ainda assim precisa aprender a mamar – e a mãe,  a amamentar. Na maioria das vezes, essa aparente “recusa” está mais relacionada a erros na pega da mama ou na posição do bebê. Os “caroços” que se formam nos primeiros dias, quando a oferta e a demanda ainda estão se equilibrando, também podem atrapalhar (veja sobre isso neste post). Nessa hora, uma boa orientação, feita por profissionais capacitados, pode fazer toda a diferença.

Beijos e boa sorte!

Gabi 

Um comentário:

  1. Deixei no facebook Muito bom Abraços Odila Fonseca
    http://terratv.terra.com.br/Default.aspx?cid=481742

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