quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dia dos Namorados, o day after (ou como manter o espírito dessa data todos os dias...)

Mais gostoso do que marcar uma data para sair para jantar, receber flores e ouvir um “eu te amo” é...conseguir manter esse espírito todos os dias! Afinal, só quem tem filhos sente na pele: os primeiros anos de vida da criança podem ser um verdadeiro desafio para o casal e, muitas vezes, um balde de água fria na paixão (não à toa esse período concentra altíssimas taxas de divórcio, sabia dessa?).

É um tal de brigar pela divisão de tarefas (que em 90% dos casos despencam sobre as mulheres...), de discutir sobre valores na hora de criar o filho e impor limites, de reclamar da interferência da sogra que até agora era uma santa. Há quem diga que, na verdade, o estresse da chegada de um bebê só traz à tona coisas mal resolvidas entre a dupla. A boa notícia, mostram os estudos, é que, para aqueles que conseguem superar esses tropeços, formar uma família dá um novo sentido e um novo fôlego ao casamento. 

Mas como sobreviver à primeira infância e manter acesa a velha chama? Uma pesquisa americana feita com casais, digamos, mais bem-sucedidos nesse quesito mostrou que saber manter a amizade e a intimidade, resolver conflitos de forma sadia e ter objetivos comuns são algumas pistas para atravessar esse período de bem com seu parceiro (abaixo, uma lista que também traz dicas dos autores...).

Lembrei de uma entrevista que fiz para a Folha há algum tempo com Jorge Bucay, famoso psicólogo argentino que estava no Brasil para lançar um livro sobre relacionamentos. Ele falou justamente da importância de se gostar e de ter um projeto juntos para não morrer sufocados por pequenas questões da rotina. “O casamento dura enquanto permite que os dois cresçam. Um casal que não cresce, envelhece. E quem envelhece, morre”, resumiu ele.

Detalhes não tão pequenos de nós dois...

  • Cultive "rituais" com seu parceiro – pode ser jantar juntos, ou um momento de lazer, ou uma atividade em comum, o que for. E aproveite para falar de qualquer coisa que não seja birras, preço das fraldas e grau de exaustão.
  • Vocês ainda se conhecem? Mostre que você tem interesse por ele, suas preferências, seus assuntos, seus planos e projetos. E ajude a encontrar meio de realizá-los.
  • Ao discutir, não faça acusações do tipo “você está sempre ausente!”. Diga tranquilamente apenas como se sente em relação a determinado ponto – “eu me sinto sozinho (a) e cansado (a) quando você não participa”. Se estiver realmente muito nervoso, é melhor dar um tempo e voltar ao assunto com a cabeça fria.
  • Aprenda a rir dos problemas e a relaxar com os imprevistos. A papinha acabou e ninguém providenciou? A roupa nova está suja de xixi? Lembre-se: essas coisas não valem um surto psicótico.
  • Com carinho para as mães: pais têm outros jeitos de lidar com os mesmos problemas – e isso não quer dizer necessariamente jeitos errados! Portanto, deixe que o coitado do progenitor também dê seus pitacos em como deve ser a rotina da criança, mesmo que a você não concorde. E não faça disso um cabo-de-guerra.
  • Tente fazer uma divisão satisfatória – e realista - das tarefas domésticas. Essa é uma das principais fontes de conflitos. O pai não pode simplesmente se portar como no século passado, quando isso não era problema seu. Tem que arregaçar as mangas, sim. Mas, por outro lado, a mulher também não pode exigir que ele vá à consulta de rotina com o pediatra bem na hora de uma reunião de trabalho importantíssima.
  • Não se esqueça dos amigos. Se o único lazer do casal gira em torno da criança, isso pode se tornar exaustivo com o tempo.  
  • E, last but not least, encontre momentos para cuidar da intimidade. Mesmo que você não tenha o pique sexual de antes, não espere a coisa esfriar de vez. Pode ser tarde demais.

É isso!

Gabi


Um comentário:

  1. É isso aí Gabi... cultivar a vida... compromisso,responsabilidade carinho e amorosidade no dia a dia... pode ser diféicil mas são doses da felicidade!

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