sexta-feira, 17 de maio de 2013

A coerência foi dar uma voltinha...


Meu filho me saiu com esta assim que desceu da perua escolar: “Mãe, hoje aprendi sobre o trânsito... e vi que você faz uma coisa muito errada!!! Você passa no sinal vermelho...”

Meodeos!!! Fiquei vermelha. E muda. Para um menino de cinco anos, não faz mesmo o menor sentido a equação “condições de tempo e trânsito em São Paulo versus correria em que a gente se mete por vontade própria”. Nem que isso faz qualquer um decretar que o amarelo é verde (e se fechar, fechou), atender uma chamadinha no celular ou até furar o rodízio (tá, esses são os meus pecadinhos...).

A gente sabe que, de verdade, o exemplo é mais forte que qualquer palavra. Acontece que, na hora de chamar a atenção, é fácil soltar rapidinho um “já cumprimentou a fulana?” “Como é que se diz mesmo?” “Não faz cara feia!” “Divide com o amiguinho!” “Não briiiiiigueeeeem!”. Mas quem é que chama a atenção dos pais quando eles se esquecem de dar bom dia pro vendedor, não dizem obrigado pro porteiro, economizam nos sorrisos ou dão aquela reclamada básica se o carro da frente não andou rápido o suficiente? (Isso prá não falar de coisas ainda menos nobres, mas cada um que faça seu próprio juízo...).

Pois é. Prá mim, o grande desafio da maternidade MESMO é praticar todos os dias o exercício da coerência. Ser o exemplo que eu quero que meus filhos tenham e não o que nosso instinto mais primitivo de sobrevivência nos leva a ser se a gente se descuidar. E simbora fazer cada dia melhor do que o anterior!

Beijos coerentes a todos!

Gabi

Um comentário:

  1. Exelente! Simples, verdadeiro e bem escrito.
    Alias, como todo o blog. Parabéns!

    Hoje voltarei a pensar na questão que sempre me da voltas: Temos uma vara para medir os outros, e outra para nós.

    Mari

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