Meu filho me saiu com esta assim que desceu da perua
escolar: “Mãe, hoje aprendi sobre o trânsito... e vi que você faz uma coisa
muito errada!!! Você passa no sinal vermelho...”
Meodeos!!! Fiquei vermelha. E muda.
Para um menino de cinco anos, não faz mesmo o menor sentido a equação “condições
de tempo e trânsito em São Paulo versus correria em que a gente se mete por
vontade própria”. Nem que isso faz qualquer um decretar que o amarelo é verde
(e se fechar, fechou), atender uma chamadinha no celular ou até furar o rodízio
(tá, esses são os meus pecadinhos...).
A gente sabe que, de verdade, o exemplo é mais
forte que qualquer palavra. Acontece que, na hora de chamar a atenção, é fácil
soltar rapidinho um “já cumprimentou a fulana?” “Como é que se diz mesmo?” “Não
faz cara feia!” “Divide com o amiguinho!” “Não briiiiiigueeeeem!”. Mas quem é
que chama a atenção dos pais quando eles se esquecem de dar bom dia pro
vendedor, não dizem obrigado pro porteiro, economizam nos sorrisos ou dão
aquela reclamada básica se o carro da frente não andou rápido o suficiente?
(Isso prá não falar de coisas ainda menos nobres, mas cada um que faça seu
próprio juízo...).
Pois é. Prá mim, o grande desafio da maternidade MESMO é
praticar todos os dias o exercício da coerência. Ser o exemplo que eu quero que
meus filhos tenham e não o que nosso instinto mais primitivo de sobrevivência
nos leva a ser se a gente se descuidar. E simbora fazer cada dia melhor do que
o anterior!
Beijos coerentes a todos!
Gabi
Exelente! Simples, verdadeiro e bem escrito.
ResponderExcluirAlias, como todo o blog. Parabéns!
Hoje voltarei a pensar na questão que sempre me da voltas: Temos uma vara para medir os outros, e outra para nós.
Mari